Engenheiros florestais de Timburi (SP) e diretores do Instituto Iniciativa ESG criam sistemas florestais, modelos alternativos à monocultura. Eles defendem que manter florestas de pé é bom para o planeta e para produtores.
A produção comercial de alimentos costuma ser feita em monocultura, sistema em que apenas um produto ocupa a área disponível. Como alternativa, existem as agroflorestas, em que a plantação divide espaço com árvores e dispensa o uso excessivo de agrotóxicos.
Os engenheiros florestais Valter Ziantoni e Paula Costa trabalham com produtores de alimentos para criar agroflorestas (veja vídeo acima). Eles explicaram ao g1 que o modelo pode ser classificado como regenerativo, já que o solo fica mais fértil com a diversidade de espécies.
“Quando migramos para um sistema regenerativo, ao invés de deixar uma terra degradada para futuras gerações, nós restauramos esse solo”, disse Valter.
Nas agroflorestas, a produção costuma ser organizadas em linhas com espécies de diferentes ciclos.
Uma área pode ter plantas de ciclo curto, que levam alguns meses para ser colhido, com plantas de ciclo perene, que demoram alguns anos para começar, além de árvores que protegem as plantas menores e podem ser colhidas depois de duas ou três décadas.
“O que a gente faz na agrofloresta, no sistema agroflorestal, é diversificar o sistema. Então, a gente não quer só uma espécie. A gente quer várias espécies dentro do mesmo sistema”, explicou Paula.
Valter Ziantoni e Paula Costa: engenheiros florestais do interior de São Paulo criam agroflorestas — Foto: Fábio Tito/g1